sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Primavera no Lar

"Porque o Teu grande Amor é maior que os céus."
Salmos 57:10

A primavera está no ar e está no meu cantinho.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

HISTÓRIAS QUE EMOCIONAM - O MENINO FLAVINHO

Conta a professora Silvia que, no seu primeiro dia de aula, parou em frente aos seus alunos da 5ª série e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.

No entanto, sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto, chamado Flávio. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas, ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.
A professora Silvia deixou a ficha de Flavinho por ultimo. Quando a leu, foi grande a sua surpresa. A professora do 1º ano escolar de Flavinho havia anotado o seguinte: “Flavinho é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele”. A professora do 2º ano escreveu: “Flavinho é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil”. Da professora do 3º ano constava: “A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Flavinho. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo”. A professora do 4º ano registra: “Flavinho anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula”. A professora Silvia se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando se lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Flavinho, que estava enrolado num papel marrom de supermercado. Recorda-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam, ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas, ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume na mão. Naquele dia, Flavinho ficou um pouco mais na escola do que o de costume. Lembrou-se, ainda, de que Flavinho lhe observara que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Silvia olhou para dentro de si mesma e chorou por longo tempo... Em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Flavinho. Com o passar do tempo, ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Flavinho saiu como o melhor aluno da classe. Um ano mais tarde, a professora Silvia recebeu uma notícia: Flavinho lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida. Seis anos depois, recebeu outra carta de Flavinho, contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Flávio de Freitas, seu antigo aluno. Um dia, a professora Silvia recebeu outra carta, em que Flávio a convidava para o seu casamento e noticiava a morte de seu pai. Ela aceitou o convite e, no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Flavinho anos antes, e também o perfume. Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Flavinho lhe disse ao ouvido:
- Obrigado por acreditar em mim e me fazer importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.
Ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho:
- Você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença; afinal, eu não sabia ensinar até que o conheci. É SÓ MEDITAR!
Fonte:

ME CONTA UMA HISTÓRIA 1

Por: Delly Danitza Lozano Carvalho
“É no momento em que o sujeito está o mais centrado em si que ele menos se conhece; e é na medida em que se descobre a si mesmo que o sujeito se situa num universo e constitui este em razão desta descoberta. Em outros termos, egocentrismo significa ao mesmo tempo ausência de consciência de si e ausência de objetividade, enquanto a tomada de consciência do objeto e inseparável da tomada de consciência de si.”
LA TAILLE, 1994.
Quando se fala de moral, muitas vezes lembramos das reflexões filosóficas que promovem análises intelectuais, por vezes polêmicas sobre as ações do ser humano, que tem como objetivo final construir uma consciência moral.
Como costumo dizer aos meus alunos, se os processos reflexivos e os estímulos externos dessem conta das mudanças no ser humano, muitas reflexões, discussões e informações que correm na mídia, na sociedade e outros, seriam suficientes para uma formação moral do indivíduo.  Devo destacar aqui que não estou questionando a importância destas discussões, porém destaco que só elas não dão conta da formação moral.
Em todos os grupos (diversas faixas etárias e sociais) precisamos de meios que nos permitam reflexões coletivas e reflexões individuais, que nos ajudem a adquirir uma consciência sobre nós mesmos, que é uma etapa importante para o crescimento e desenvolvimento moral. Só esta consciência permitirá a consciência da objetividade, da possibilidade da consciência do coletivo, do ver no outro a dor e alegria que poderia ver e sentir em mim.
Os instrumentos que têm sido utilizados cada vez com maior frequência são o ‘Contar Histórias’ e ‘Trabalhar com Imagens’, objetivando promover o processo reflexivo interno.
- Contar Histórias? Perguntou-me uma aluna numa certa ocasião em que conversava sobre o assunto, com um grupo no fim de uma aula.
- É isso mesmo, contar histórias, contos e outros.
Esta mesma surpresa vi estampada no rosto de alguns pais, quando exploramos as possibilidade de permitir que os próprios filhos reflitam sobre os assuntos complexos e polêmicos do âmbito familiar, através de histórias contadas por eles mesmos.
Bem, pensemos um pouco o que acontece quando nós nos acomodamos confortavelmente diante de um sofá e lemos, ouvimos ou assistimos uma história bem contada. Percebamos como aos poucos cada um vai entrando na história e apropriando-se das personagens de modo a sentir empatia, raiva, solidariedade, comiseração, entre outros sentimentos que nos identificam com alguma ação que este personagem esteja realizando ou sofrendo passando.
Este processo de identificação, mesmo que pequeno, é o que nos faz chorar e rir, torcer contra ou a favor dos acontecimentos da história. Ou você nunca se pegou falando com um personagem, incentivando-o, recriminando-o, tentando que se atente a realidade dos fatos... enfim, interagimos, mesmo que seja só em pensamento  com um, uns ou alguns dos personagens.
O fato de poder interagir com estes personagens, faz com que no mundo da ficção possamos lidar com possibilidades que no nosso universo real não viveríamos, ou por realmente não sermos expostos a este tipo de ações , ou por negarmos a possibilidade de lidarmos com as mesmas. De qualquer forma, no universo do imaginário, podemos arriscar pensar, lidar e dar possíveis soluções a situações simuladas. Dependendo como for conduzido este instrumento do imaginário, podemos passar a compreender melhor a nós mesmos, nossos sentimentos, nossas angústias e as nossas satisfações e assim provocar um processo reflexivo, mesmo que embrionário do como seria nosso comportamento em tal ou qual situação, elaborando respostas diante das possibilidades num ranking de “valores”, passando a organizar e reorganizar os nossos valores diante diversas situações.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pintura em Porcelana

Pratos que pintei para amigos na França...
quando estudava na escola de Artes em Tours.